segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

São Paulo a Itariri

Arrumei tudo na quinta a noite. tava preparado para chegar do trabalho, na sexta, e descer pra praia.







Ao chegar do trabalho na sexta, fiz os últimos preparativos, e antes de ir embora definitivamente fui falar com o Tih e o Petty, que desceram pra me dar um abraço, conversamos por bastante tempo, fui embora lá pra uma da manhã. Pedalei até a paulista, onde esbarrei com uns ciclistas, na praça do ciclista, que desenhavam frases a favor das bikes no chão, eles me deram um papel, anotaram meu e-mail, depois de conversar um pouco com eles fui embora indo pela Paulista, caindo na Av. Jabaquara, chegando até a Imigrantes.



Passei pelas placas de divisa de municípios: São Paulo/Diadema, Diadema/São Bernardo. Passei pelo pedágio e fui descendo até encontrar com um guarda rodoviário que me disse que não poderia passar por ali...” tem uma câmera que filma tudo aqui, se filmarem vc passando como fica pra mim?!...vc tem que passar pelo outro lado da pista, por la eu não consigo te ver”. Atravessei pro outro lado seguindo as recomendações do guarda rodoviário, para pegar a estrada de manutenção.








Vi o dia amanhecer na imigrantes, antes de entrar na estrada de manutenção, uma ladeira sinuosa, estreita e linda. Desci por ela na maior felicidade, foi mais divertido que qualquer parque de diversões, a estrada corta a natureza e o tempo inteiro se tem a vista da imigrantes que acompanha a estradinha.





Passei por uma bica, onde tomei água, e uma cachoeira antes de me encontrar com a Nelma, uma corredora de aventura que apesar da idade pedalava muito, descemos juntos até a estrada que me levaria à praia grande, onde nos despedimos.
Atravessei a Praia Grande, passei lotado por Mongaguá, chagando em Itanhaem onde armei minha barraca, e conheci o Coqueirinho, um cara que fazia artesanato utilizando palha de coqueiro, conversamos bastante, ele foi embora e eu entrei no mar, já estava com vontade de fazer isso a bastante tempo. Dentro da barraca estava muito calor, por isso, coloquei o saco de dormir em frente a barraca, deitei e capotei, acordei no meio da noite com um cachorro dormindo do meu lado, achei um barato, tive que levantar pra pegar a câmera e tirar a foto do cão companheiro, ele acordou com o barulho que fiz, tirei a foto, dormi mais um pouco e arrumei minhas coisas pra seguir a diante.

Fui pedalando pela estrada até encontrar um posto onde parei pra tomar uma água e um banho. Continuei a pedalada até Itariri, logo mais eu estaria na BR116, mas antes de chegar lá encontrei com dois homens que me disseram que não haveria nada no meio do caminho, seriam mais de 150 quilômetros na escuridão total até Iguape, a minha bike não estava boa, só algumas marchas estavam funcionando e a corrente encrencava toda hora, pensei que se a bike quebrasse no meio do caminho eu estaria ferrado. Achei melhor não seguir a diante.

Um dos homens, o seu Pedro, ofereceu a casa dele pra eu passar a noite, aceitei. Fomos de volta pra Peruíbe, seu Pedro falava o caminho todo e eu não entendia metade do que ele dizia no sotaque nordestino dele. Sei que ele falou sobre o patrão, a ex-mulher, e outros assuntos, eu só respondia com: “ta certo”, “verdade”, “aham”, “sério?”, “hahaha”. Chegando na casa do seu Pedro, ele me deu uns bifes e uns tomates e falou pra eu preparar, disse que eu precisava comer porque tinha pedalado bastante. Preparei a comida, ele fez mais um negocio estranho, e comemos. O tempo inteiro ele falava “ vc pode dormir tranquilo, que aqui ninguém meche em nada, porque se mexer eu mato!” ele falou tantas vezes isso que fiquei até com medo que algo sumisse da casa dele e ele pensasse que tinha sido eu.

Dormi tranqüilo, acordei bem, me despedi do seu Pedro a quem agradeço imensamente, e segui meu rumo de volta.

Parei num mercadinho pra comprar uma água e troquei uma idéia com o dono do mercadinho que era muito gente fina, ele falou que realmente não era bom negocio eu pegar a BR116 mas que eu poderia ir por dentro do morro, passando por um monte de cachoeiras e praias desertas. A idéia me chamou muita atenção, mas eu teria que voltar logo, não sei se conseguiria, o caminho era de estrada de terra, e subindo o morro, havia o risco de eu não conseguir voltar a tempo pra estudar e trabalhar na quarta...prazo é uma merda!

Fui pra rodoviária pensando que não poderia deixar, de em outro momento, conhecer as cachoeiras e praias desertas de Peruíbe. Volto em breve.






Na rodoviária o ônibus atrasou bastante. fiz amizade com dois caras e uma mina de Itapecerica da Serra. Deu tempo pra bastante papo antes do ônibus chegar e durante a viagem de volta pra São Paulo, falamos sobre diversos assuntos, pegamos contato, e nos despedimos em São Paulo.






Já em São Paulo, tirei uma foto da cidade pensando, “ isso também impressiona”, e fui pra casa, finalizando minha aventura de fim de semana.


Vídeo resumo da viagem... vou deixar também o link do youtube caso prefiram assistir lá:

http://www.youtube.com/watch?v=y23oLfvBpes